Almoço em família
- ekavolf
- 9 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Se o seu filho não come o que você gostaria que ele comesse, onde e com quem ele (des) aprendeu a comer? Você, pai ou mãe, come o que é saudável ou o que gosta? Tudo pode ser gostoso com bom preparo, visual agradável e cheiro bom. Hoje não temos tempo nem para comer. Aí entram os fast e junk food, que trazem obesidade infantil e outros prejuízos para a saúde. Nossas crianças foram educadas para fazer o que querem e não o que precisam. O comer é também um reflexo da educação. Eu sempre saboreei saladas coloridas, que preparava com capricho e temperos. Minha filha achava muito bonito o meu prato. Hoje ela adora . saladas. Meus filhos, quando pequenos, tinham o 'dia da porcaria'. Todos comiam o que e quando quisesse, um dia na semana. Nos outros, comíamos 'direito'. Tão importante quanto o valor nutritivo da comida é o valor da convivência prazerosa, da TV desligada, da atualização da vida. Recebemos dentro de nós tanto a comida quanto o clima que rola em uma refeição. Não quer comer? Não coma, mas fique com os comensais até o fim para alimentar a alma. (Içami Tiba)
Amo esse micro texto do saudoso Içami Tiba. As “minhas mães” do consultório bem sabem o quanto oriento para que se coloquem os piás à mesa para que as refeições sejam feitas em família, conversando sobre o rolos do dia a dia, sobre o que aconteceu na escola, sobre os papos entre os amigos, quem sabe nessa hora também começam os planos de uma nova viagem em família ou, quem sabe ainda, ouvindo os sucessos ou fracassos do papai e da mamãe - isso mesmo fracassos dos pais, porque acredito que gente normal também tem fracassos e filhos tranquilos devem saber, desde cedo, que o papai não é o Homem Aranha ou o Batman e nem a mamãe se transforma em Mulher Maravilha nas horas vagas. Mas enfim... lugar de comer é na mesa e, sempre que possível, com a família reunida pois, como bem disse o Içami Tiba, nesses momentos também alimentamos a alma.
PS: Quando eu era ainda bem pequena morávamos numa casa lá no começo da Rua Senador Vergueiro e mesmo com todo esse tempo rodado ainda me lembro do lugar onde meu pai sentava à mesa, o lugar da minha mãe, irmãos e dos avós... além, é claro, de ainda sentir o cheirinho delicioso de feijão, cozido no dia, vindo da cozinha da nossa fiel escudeira, a dona Rosa! Heheheh... Realmente fomos muito bem alimentados! Que saudade!
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